Se ainda fosse aluno, também preferia ter aulas com Passos Coelho ou outros ex-políticos com experiência prática útil para várias áreas de conhecimento do que com alegados académicos ideologicamente demasiado condicionados que se crêem grandes pensadores, escrevem recorrentemente disparates sobre realidades que desconhecem e/ou reproduzem clichés de antanho que há muito foram desmistificados. O facto de o segundo assinar artigos de opinião sobre realidades sociais e políticas com “PhD em Física” é revelador quanto baste da sua ignorância e pequenez intelectual. Não lhe faria mal passar pelos bancos do ISCSP, onde poderia aprender, como qualquer aluno de licenciatura em Ciência Política ou Relações Internacionais que por lá passa, a distinguir entre doxa e episteme, entre política e ciência, entre pensamento político e filosofia política, entre ideologia e conhecimento, entre ciências exactas e ciências sociais. Parafraseando Vasco Santana, títulos académicos há muitos, e já explicava Mario Cipolla que “a probabilidade de que uma determinada pessoa seja estúpida é independente de qualquer outra característica dela mesma.”